A manhã do último sábado (3) foi bem movimentada no Engenho São José, em Itambé (PE). É que a propriedade do produtor canavieiro e presidente da União Nordestina dos Plantadores de Cana (Unida), Pedro Campos Neto, serviu de campo de demonstração do desempenho da plantadeira de cana recém-adquirida por ele numa parceria com a Visanorte, do Paraná.
O equipamento faz 100% da operação de plantio. “Ela sulca, semeia, coloca o adubo, os defensivos, o enraizador, os hormônios de crescimentos, bactérias, além de realizar a coberta”, explica Pedro Neto. A plantadeira trabalha com quatro homens fazendo a alimentação da cana e mais um profissional fazendo a retifica de cabeça.
“Hoje, com essa operação, a gente vai ter condição de plantar uma média de três hectares/dia, a depender do terreno”, destaca o dirigente canavieiro, lembrando que é importante fazer um bom preparo de solo.
Além da agilidade, Pedro Neto destaca que a máquina também tem a vantagem da economia de mão de obra. “Principalmente, em nossa região, quando a gente se depara com a dificuldade de encontrar mão de obra para o campo, com uma máquina dessa precisarei contar com o apoio de apenas sete homens para plantar um hectare, ao passo que se fosse um plantio manual, convencional, eu teria que ter entre 22 a 23 pessoas para fazer o mesmo plantio”, reitera ele.
O vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Raimundo Nonato, que esteve acompanhando o Dia de Campo, afirma que ficou impressionado com a dinâmica do equipamento e até já faz planos de adquirir o mesmo equipamento no próximo ano. “Gostei muito da máquina. Essa foi uma das apresentações de equipamento que mais me chamou atenção e pretendo investir na aquisição dela, pois a produtividade e a qualidade do serviço, do plantio, fica muito bom”, disse Nonato, lembrando que a máquina também define a profundidade e os espaços de plantio.