Durante sua participação como um dos palestrantes do painel ‘O que esperar a frente’, no segundo dia da 25ª Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol, o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (UNIDA), Pedro Campos Neto falou sobre o atual momento vivido pelos produtores de cana do Nordeste, sobre projetos de interesse do setor que tramitam no Congresso e reiterou que mesmo diante de tantos desafios, o produtor canavieiro não deve perder a esperança de dias melhores. “O produtor de cana tem que tentar aumentar a produtividade e reduzir os custos. Acho que é a única saída para um momento difícil como esse que a gente atravessa agora, já que o setor primário não consegue interferir nos preços do açúcar e do etanol”, disse ele.
O painel que teve a participação do dirigente da Unida reuniu presidentes de diversas entidades, empresas e instituições e teve como moderador o presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, que antes das falas homenageou todos os palestrantes com a entrega de um troféu. “Esse é um ano bastante difícil para o Nordeste, vendo esses números que a DATAGRO apresentou, a gente vê uma precificação de 15,50 a 16,00 cents no açúcar, que eu acho que o Centro-Sul não foi tão afetado. O Nordeste começou com esse preço é já está bem afetado”, afirmou Pedro. Uma das saídas para enfrentar esse momento de preços baixos, segundo o dirigente da Unida, é a proposta de subvenção que tramita no Congresso, de R$ 12,00 por tonelada, que já tem o apoio do deputado e presidente da Câmara, Hugo Motta.
Além do baixo preço pago pela cana, o setor no Nordeste ainda convive com a escassez de mão de obra. “Estamos com uma dificuldade muito grande de contratação, isso acontece no Brasil, mas com mais impacto no Nordeste, onde há muitos beneficiários de programas sociais, inclusive, estamos atentos a um PL do deputado Zé Victor, que já passou na Câmara e está no Senado, que assegura que o funcionário contratado para a safra, o safrista, ele não perde os benefícios sociais, seja Bolsa Família, Vale Gás ou outros desses benefícios”, destacou Pedro.
“Como eu falei, a gente está numa safra difícil, muito desafiadora para o Nordeste, mas não podemos baixar a cabeça. O que a gente tem que fazer é da porteira para dentro. Aumentar produtividade e reduzir custos. Essa é a saída para superar esse momento”, finalizou Pedro que também é presidente da Câmara Setorial do Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e vice-presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan).










